Centrais definirão a pauta de reivindicações
As principais centrais sindicais do país, entre elas a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical, tem um encontro marcado amanhã, às 16h, para discutir as ações conjuntas para este ano.
Um dos objetivos da reunião é produzir uma pauta de reivindicações dos trabalhadores assinado por todas as centrais. O documento será entregue aos candidatos a presidente da República e governador de São Paulo. O encontro acontece na sede nacional da CUT, na Rua Caetano Pinto, 575, no Brás.
Três itens da pauta devem merecer atenção especial dos sindicalistas: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o combate ao projeto de lei 4.330, que amplia a terceirização nas empresas e o fim do fator previdenciário (base de cálculo para o valor da aposentadoria).
“A ideia é atualizar as nossas propostas e, depois, apresentar aos candidatos (a presidente e a governador). Vamos abordar questões como educação, qualificação profissional, a mudança na política de redução da taxa de juros e, claro, a pauta trabalhista, como o fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho e o combate à proposta de terceirização”, explicou, ontem, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna.
As centrais sindicais devem discutir também a inclusão de outros assuntos, muitos deles de interesse nacional. O destaque é a exigência do uso de 10% do PIB para a educação e outros 10% para a saúde, além de melhoria no transporte público, a valorização das aposentadorias, reforma agrária, direito de greve e de negociações coletiva no serviço público, regulamentação do trabalho doméstico, democratização dos meios de comunicação, reforma política, marco civil da internet entre outros temas a serem definidos.
Marcha/ A terceirização do trabalho, a jornada de 40 horas sem a redução dos salários e o fim do fator previdenciário podem ainda encabeçar outra possível ação conjunta das centrais, desta vez em Brasília.
“Vamos discutir a possibilidade de encaminharmos juntos uma marcha para Brasília sobre esses temas”, disse Juruna. O governo é contra a mudança do fator nas aposentadorias.
Fonte: Diário de S. Paulo