O celular no ambiente de trabalho

Data da postagem: 17/11/2014

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A telefonia móvel trouxe consigo ferramentas facilitadoras da comunicação social. O aplicativo WhatsApp, por exemplo, torna a comunicação social mais barata, rápida e fácil com a troca de mensagens sem cobrar pelo serviço de SMS, utilizando somente o plano de dados de internet.

Essas características fizeram com que o aplicativo se tornasse sucesso de downloads, registrando cerca de 465 milhões de usuários regulares, que chegam a trocar 64 bilhões de mensagens todos os dias. A problemática surge quando essa facilidade não é aproveitada de maneira correta, tornando-se empecilho, no ambiente de trabalho, por exemplo.

O uso excessivo do aparelho celular no trabalho reduz nitidamente o rendimento do profissional e sua produtividade. Por ser objeto de uso pessoal fica difícil para o empregador controlar ou inibir sua utilização durante o expediente. A implementação de cláusula no regulamento interno da empresa que proíba o uso do celular durante o expediente com a devida informação sobre suas eventuais consequências pode resolver o problema. Cabe ao empregador informar o funcionário sobre a nova regra e conscientizá-lo de que a prática pode prejudicá-lo, diminuir seu rendimento e ainda prejudicar a empresa.

Estabelecida a regra e devidamente divulgada cabe ao funcionário se adequar à nova realidade. O descumprimento pode culminar em demissão por justa causa por configurar afronta direta às ordens do empregador, em clara insubordinação.

É evidente que a proibição do uso do celular não pode impedir o contato do funcionário com seus parentes e por esse motivo deve comunicar à família o telefone da empresa onde trabalha, podendo, assim, ser avisado caso algo de urgente aconteça.

Em empresas onde o uso do celular é permitido, medidas simples, como manter o aparelho no silencioso, se afastar em caso de assunto urgente, não atrapalhar os colegas ao atender chamadas, avisar ao chefe se a situação demandar muito tempo falando ao telefone, são essenciais.

Valendo-se dessas precauções, tanto empregadores quanto empregados contribuirão para ambiente mais saudável e eficiente. Ao passo que os acessórios alheios ao horário de expediente vão sendo deixados de lado e o foco fica voltado completamente para a função que eles desempenham, a maior produtividade e rendimento serão garantidos. O bom andamento da empresa reflete positivamente em seus funcionários e essa é medida completamente proveitosa para ambos.

Beatriz Destefano Moderno é advogada do Ricardo Trotta Sociedade de Advogados.

Fonte: Diário do Grande ABC

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